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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Soneto de Mentira


Fui enganada quando havias entendido,

Perdestes a meada, o fio da confiança.

Não esqueço das promessas, tinhas compreendido,

E não adiantou ter confiado, fim d’aliança.


Que nunca cometerias o que havias prometido,

E novamente me dou com a lembrança,

De te consumir em mim arrependido,

Ficar só, ignorando no palco a dança.


Não tenho medo de voltar o que passou,

Nem dizer o que me intriga é falsidade,

Estas mentiras, o presente me saudou.


O que faço aqui é enfrentar a realidade,

Desabafar nestas linhas, assim chorou,

Em mim, uma ferida, dessa crueldade.

4 comentários:

Graça Pires disse...

Que desilusão se pressente neste soneto, amiga...
Um beijo.

Jeferson Cardoso disse...

O amor do desamor... dor sutil e fina, porém cortante quanto dor.
O lado bom é que lhe deu um soneto e não lhe motivou a tirar o belo sorriso do retrato em branco e preto.

Abraço: Jefhcardoso de blog em blog (http://jefhcardoso.blogspot.com)

Jaime A. disse...

"O que faço aqui é enfrentar a realidade,

Desabafar nestas linhas, assim chorou,

Em mim, uma ferida, dessa crueldade."

Gosto muito deste soneto: a verdade da dor, o desabafo, a cadência. Tens de nos brindar com o teu verbo com maior frequência.

Nilson Barcelli disse...

Um belo soneto, ainda que acerca de uma desilusão que a marcou.
Mas convém enfrentar a realidade, tal como refere no poema.
Gostei imenso, querida amiga.
Um beijo.

PS: escreva mais vezes...

Presença!!