Pesquisa personalizada

quinta-feira, 31 de março de 2011

Papo de Poeta com Marco Valladares


Histórico: Filho de Maurício Santos Souza e Marinalva Pinto Valladares, Canceriano de 30/06/1962, soteropolitano, professor, escritor, membro da Academia de Letras de Santo Amaro, compositor, designer gráfico, videomaker e blogueiro.

Nome: Marco Aurélio Valladares Souza (Marco Valladares).

Cidade/Estado: Santo Amaro/BA.

Formação: Superior incompleto.

Blog/site que participa: meadiciona.com/mqvalladares (Este link dá acesso a 28 páginas na Web)

Livros/poemas em antologias publicados: 
‘Amar Vale a Pena’, ‘Dilúvios (Trilogia de Uma Década)’, ‘O Histrião Arpista’, ‘O Forasteiro’ e ‘Soturno’. 

Projetos atuais: ‘Sonetos’ e ‘Histericorietas Esquisitofrênicas’.


Como a literatura começou a fazer parte de sua vida?


- Felizmente, para mim, nasci em uma casa de leitores, cercado de livros e revistas. Desde a alfabetização fui incentivado a escrever o que, naquela época, as escolas chamavam de “composições” (Pequenas histórias a partir de uma imagem tema). Ou seja, a literatura faz parte da minha vida desde que me entendo por gente!


Quais motivos/autores/obras o levaram a se dedicar ao Universo Literário?


- Não posso dizer que um autor ou obra específico me levou a me dedicar ao Universo Literário. Foram muitos, cada um numa época da vida.


Que perspectivas tens em relação a Literatura atual produzida no Brasil?


- Como em todas as áreas, na atualidade, temos uma produção comercial que não creio que vá além de uma geração de leitores, muito embora façam a alegria das editoras. Muita coisa efêmera e/ou descartável. Mas também temos muita gente boa escrevendo e publicando, principalmente em sites e blogs, uma vez que o mercado editorial só é acessível a quem é comercialmente interessante ou pode bancar a própria publicação, através de patrocínios ou de recursos próprios.


O que é poesia para você?


- Poesia é tudo aquilo que pode tocar os sentimentos de alguém. Seja para fazer sorrir ou para levar ao choro. Não vejo em muitos textos com regras métricas perfeitas e rimas elaboradas a mesma dimensão de poesia que encontro em outros, escritos de forma livre, sem estilo formal.


Qual mensagem procuras passar para seus leitores através de seus textos?


- Nenhuma!
Como eu digo em um texto intitulado ‘Faxina’, Não escrevo para ser lido, muito menos apreciado; mas para expurgar-me de mim!
O que faço não é arte, é catarse; uma espécie de exorcismo dos meus anjos do mal e dos meus demônios benignos. Uma faxina geral!
Escrever é a minha garantia na opção pela sobrevivência!
Como esta faxina vai chegar ao leitor, foge ao meu domínio. Nenhum texto publicado pertence mais à mente do autor. Passa a ser de cada leitor.


Como você acha que suas obras serão vistas daqui a cem anos?


- Nunca pensei nisso. Será que ainda serão lidas daqui a cem anos? Se forem, provavelmente serão vistas como desabafos de alguém que viveu intensamente o seu momento.



PAPO RÁPIDO

Um lugar? Santo Amaro/BA.
Uma cor? Azul.
Um autor? Qualquer um, exceto Paulo Coelho.
Um livro? Qualquer um, exceto os de Paulo Coelho.
Amor? Sempre.
Solidão? Quase sempre.
Arte? Fundamental.
Um segredo? Tenho!
Ficção? Eleva a imaginação.
Realidade? Nem sempre interessante.


Que recado você gostaria de passar para os leitores do blog?

- Usem o dicionário! Uma palavra desconhecida pode levar ao não entendimento de todo o texto!


Um poema?
- Me permitirei dois: ‘I Juca Pirama’, de Gonçalves Dias e ‘Cântico Negro’, de José Régio.

DIÁFANO
(Marco Valladares)

Do poeta verdadeiro,
Não importa seu estilo,
Surgem sempre belos versos,
Distinção do seu ofício.

Agudos ou esdrúxulos,
De arte-maior ou menor,
Com pé quebrado
Ou em sextilha,
Sempre exultam no leitor:
Oh Senhor, que maravilha!

Escritor de poesia,
Em alegria ou lamento,
Segue a norma com maestria,
Exalando o sentimento.

Seja a regra leonina,
Métrica ou rítmica,
Silábica ou trilonga,
Ele sabe e se permite
Pois para isso tem licença,
Ousar a “tonga da mironga”!

Eu, pobre escriba,
Sem técnica nem sabedoria,
Sou, neste meio, indigente.
Sem saber nem verso branco,
Faço então o que me resta:
Eis meu verso transparente.

Siga no Twitter: @MqValladares

quarta-feira, 30 de março de 2011

Papo de Poeta

É com imenso prazer que a partir desta semana, curtindo esta nova fase do blog, publico a primeira postagem do Papo de Poeta, que tem por objetivo a apresentação, divulgação e a exposição de um bate-papo bacana com nossos Poetas, que escrevem em sábias e perfeitas palavras seus sentimentos, transformam suas emoções, eternizam os momentos atuais de nossa sociedade e tocam diretamente no interior de seus leitores.

Te convido a apreciar esta idéia que irá ao ar no blog toda quinta-feira!

Confira em breve a estréia de nosso bate-papo com o Poeta Marco Valladares!

Um abraço,
Ana Cristina.

quinta-feira, 24 de março de 2011

CHANTAL DALMASS


Há pouco tempo atrás conheci, via Twitter, a história da advogada e escritora Chantal Dalmass. Fiquei espantada com a forma de como os escritores brasileiros são escravizados por editoras, o drama de Chantal pode ser vivido por qualquer escritor, ou melhor, já deve ter ocorrido com vários, mas ao contrário da maioria, a escritora optou por não se calar. Ela foi avisada pela editora, que publicou seus livros, que os mesmos seriam queimados , pois estavam ocupando espaço no depósito da editora, com determinação a escritora resolveu levar os livros para casa e distribuir gratuitamente nas ruas de São Paulo.

Maiores detalhes podem ser conferidos na entrevista de Chantal para a Revista Carta Capital AQUI

Não hesitei em pedir um exemplar, mesmo a distância, e ela me enviou com muito carinho. Recebi dois livros de sua autoria “MENTIRAS E CONFISSÕES: Todas as serpentes do paraíso & outras histórias” e “A CAMA REDONDA DE MARIA BEATRIZ: Fantasias e fetiches”, e fiquei muito satisfeita com o conteúdo de seu trabalho, sou fã de Literatura Erótica, então, me senti em casa.  São livros de contos com histórias do cotidiano que cativam pelo seu conteúdo realista, nada que não possa acontecer com você também, o que faz o leitor se identificar nas entrelinhas, com personagens humanos e dotados de variados sentimentos. 

Então, se você não é um dos milhares de leitores que foram presenteados pela escritora, digo que vale a pena conferir o seu trabalho, e prometo nas próximas postagens contar um pouquinho mais do que encontrei  dentro da Literatura de Chantal Dalmass.

Eu nunca bebo vinho


Cansei de beber o caldo grosso,
De sentir o cheiro fresco de boas vindas,
E o tchau amargo.

Mas sigo dançando na festa,
Olhando os olhares abstratos,
Seguindo os passos dos sapatos,
E caindo do salto a cada rodada.

Isso não tem hora para acabar,
Não tem dia, nem noite,
Nem sol, nem lua,
Nem estrelas, nem nuvens,
Só tem vinho, e não tem água.

E continuo com a mesma sede,
Até quando eu suportar,
E como sempre:
Eu nunca bebo vinho!

quarta-feira, 16 de março de 2011

2011

Olá, queridos leitores!

Posso dizer que 2011 começou de verdade... depois das férias, não muito bem aproveitáveis... em breve novidades no blog!

Abraços,
Ana Cristina.

Presença!!