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quinta-feira, 24 de março de 2011

Eu nunca bebo vinho


Cansei de beber o caldo grosso,
De sentir o cheiro fresco de boas vindas,
E o tchau amargo.

Mas sigo dançando na festa,
Olhando os olhares abstratos,
Seguindo os passos dos sapatos,
E caindo do salto a cada rodada.

Isso não tem hora para acabar,
Não tem dia, nem noite,
Nem sol, nem lua,
Nem estrelas, nem nuvens,
Só tem vinho, e não tem água.

E continuo com a mesma sede,
Até quando eu suportar,
E como sempre:
Eu nunca bebo vinho!

2 comentários:

Jaime A. disse...

Lindo!!!
Esta sede que não se apaga!
Abraça grande

Fernanda disse...

Adorei demais...bjos

Presença!!