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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Árvore solitária

Hoje me senti assim,
Como uma árvore sozinha no meio do pasto,
Que na paisagem da estrada, preenche um vazio sem fim.
Apenas ocupa o seu lugar no espaço,
Sem se mover, machucar e ferir,
E se contenta em viver cada anoitecer do rancho,
Sozinha, apenas com a companhia dos pássaros,
Que se alimentam de suas sementes.
Sem flores, já passou da época, agora semeia em sua volta,
Com suas frutas secas e que não foram colhidas a tempo da estiagem,
E belas folhas verdes que permanecem e suportam o frio, gelado e úmido.
Sua beleza é vista de longe, na rodovia os carros passam,
E as famílias em seu interior observam sua força, e insistência,
De viver ali solitária, e sobreviver a cada amanhecer.

4 comentários:

Jow D. Cunha disse...

Nossa muito lindo Ana!!
Olha sério curti muito!!!
Parabéns!!

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Ana. Poesia é isso, as palavras falam por si, e levam a imaginação de leitor adiante. Belo etxto, bem construído, com incríveis imagens poéticas, da árvore que remete aá vida, e tudo mais. Parabéns, miga. É um privilégio tê-la como amiga e colega das letras e dos versos. Um abraço, Zé.

Debora King disse...

Por que é que eu não me surpreendo contigo???

[porque eu sei que só vou achar coisa proveitosa vinda de ti!]

Ana, uma delícia a leitura dos teus poemas, mas esse me tocou mais fundo!
Adorei mesmo e vou adicionar o link do teu blog aos meus.

De novo (cara, como sou repetitiva) PARABÉNS pelo trabalho maravilhoso que executas quando se trata das palavras como matéria-prima!

Um beijão!!!

AlphaMale disse...

Dá uma nostalgia ladra ao ler isso. Como aquelas sensações de outono ventoso nas ruas solitárias durante a noite.
Assalto solitário nas idéias que te põe na realidade de novo, sentado num sofá na sala com o café fumegante do lado.

Presença!!