Fui enganada quando havias entendido,
Perdestes a meada, o fio da confiança.
Não esqueço das promessas, tinhas compreendido,
E não adiantou ter confiado, fim d’aliança.
Que nunca cometerias o que havias prometido,
E novamente me dou com a lembrança,
De te consumir em mim arrependido,
Ficar só, ignorando no palco a dança.
Não tenho medo de voltar o que passou,
Nem dizer o que me intriga é falsidade,
Estas mentiras, o presente me saudou.
O que faço aqui é enfrentar a realidade,
Desabafar nestas linhas, assim chorou,
Em mim, uma ferida, dessa crueldade.