Oh! por causa de alguém, sem calma,
triste, triste estava minh'alma!
Jamais, jamais, me consolei,
mesmo depois que a abandonei!
E mesmo depois de a minh'alma
procurar longe dela a calma,
jamais, jamais, me consolei,
mesmo depois que a abandonei!
E meu coração, tão sensível,
diz à minh'alma: - É, pois, possível,
será possível, ele insiste
este exílio cruel e triste?
E a alma responde ao coração:
Sei lá porque esta ilusão
de estarmos perto, ainda que ausentes,
e, ainda que longe, tão presentes?
2 comentários:
Eu gosto de poesia assim. Simplesinha e bonitinha ;).
Ana Mathias,
Feliz ano novo! (Tardio o meu envio!). Vejo que você está meio fransesinha nestes últimos textos, com títulos que remetem a Verlaine e Voltaire. Figuras fortes que não implicaram em poemas draconianos - ao contrário, suaves!
Acompanho seu blog com interesse! Poetas de todo o mundo uni-vos!
Francisco
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