Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
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segunda-feira, 26 de maio de 2008
sábado, 24 de maio de 2008
Cruz e Souza
Alma Solitária
Ó alma doce e triste e palpitante!
Que cítaras soluçam solitárias
Pelas Regiões longínquas, visionárias
Do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas zonas de luz purificante,
Quantos silêncios, quantas sombras várias
De esferas imortais imaginárias
Falam contigo, ó Alma cativante!
Que chama acende os teus faróis noturnos
E veste os teus mistériosa taciturnos
Dos esplendores do arco de aliança?
Por que és assim, melancolicamente,
Como um arcanjo infante, adolescente,
Esquecido nos vales da Esperança?!
Ó alma doce e triste e palpitante!
Que cítaras soluçam solitárias
Pelas Regiões longínquas, visionárias
Do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas zonas de luz purificante,
Quantos silêncios, quantas sombras várias
De esferas imortais imaginárias
Falam contigo, ó Alma cativante!
Que chama acende os teus faróis noturnos
E veste os teus mistériosa taciturnos
Dos esplendores do arco de aliança?
Por que és assim, melancolicamente,
Como um arcanjo infante, adolescente,
Esquecido nos vales da Esperança?!
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Augusto dos Anjos
Abandonada
Bem depressa sumiu-se a vaporosa
Nuvem de amores, de ilusões tão bela;
O brilho se apagou daquela estrela
Que a vida lhe tornava venturosa!
Sombras que passam, sombras cor-de-rosa
- Todas se foram num festivo bando,
Fugazes sonhos, gárrulos voando
- Resta somente um’alma tristurosa!
Coitada! o gozo lhe fugiu correndo,
Hoje ela habita a erma soledade,
Em que vive e em que aos poucos vai morrendo!
Seu rosto triste, seu olhar magoado,
Fazem lembrar em noute de saudade
A luz mortiça d’um olhar nublado.
Bem depressa sumiu-se a vaporosa
Nuvem de amores, de ilusões tão bela;
O brilho se apagou daquela estrela
Que a vida lhe tornava venturosa!
Sombras que passam, sombras cor-de-rosa
- Todas se foram num festivo bando,
Fugazes sonhos, gárrulos voando
- Resta somente um’alma tristurosa!
Coitada! o gozo lhe fugiu correndo,
Hoje ela habita a erma soledade,
Em que vive e em que aos poucos vai morrendo!
Seu rosto triste, seu olhar magoado,
Fazem lembrar em noute de saudade
A luz mortiça d’um olhar nublado.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Luís de Camões
Tão crua Ninfa, nem tão fugitiva
Tão crua Ninfa, nem tão fugitiva,
com lindo pé pisou
a verde erva, nem colheu as brancas flores,
soltando seus cabelos d'ouro fino
ao vento que em mil doces nós os olhos ata,
nem tão linda, discreta e tão fermosa
como esta minha imiga.
Aquilo que em pessoa que hoje viva
no mundo não se achou,
quis nela a Natureza., seus primores
mostrando, que se achasse de contino:
castidade e beleza; üa me mata,
a outra, de suave e deleitosa,
me faz doce a fadiga.
Mas esta bela fera, tão esquiva,
que o prazer me roubou,
quis-mo pagar seus únicos louvores,
cantando eu num estilo dela indino;
porque, se de louvor tão alto trata,
não sei eu tão baixo verso e prosa
que escreva nem que diga.
Aquela luz que a do Sol claro priva,
e a minha me cegou;
aquele mover de olhos, minhas dores
causando do olhar manso e divino;
o doce rir, que esta alma desbarata,
faz a sua pena desejosa
e de seu mal amiga.
Dos belos olhos veio a flama viva
que n'alma se ateou
com a lenha de vossos disfavores,
queimando dentro o coração mofino,
cujo fim, por mor dano, se dilata
com a esperança falsa e duvidosa
que forçado é que siga.
Minha ou vossa vendo-se cativa
quem Deus livre criou,
se aqueixa desses olhos roubadores,
culpando ao claro raio peregrino;
mas logo a luz suave, que a resgata,
de vossa linda vista graciosa
a faz que se desdiga.
Nenhüa que no mundo humana viva,
que o Criador formou
por milagre maior entre os maiores,
formou um feito de tal Feitor dino;
Deus não quer que sejais, Senhora, ingrata,
mas que ajudeis üa alma desditosa
que em vós servir periga:
a sofrer esta pena rigorosa
vosso valor me obriga.
Tão crua Ninfa, nem tão fugitiva,
com lindo pé pisou
a verde erva, nem colheu as brancas flores,
soltando seus cabelos d'ouro fino
ao vento que em mil doces nós os olhos ata,
nem tão linda, discreta e tão fermosa
como esta minha imiga.
Aquilo que em pessoa que hoje viva
no mundo não se achou,
quis nela a Natureza., seus primores
mostrando, que se achasse de contino:
castidade e beleza; üa me mata,
a outra, de suave e deleitosa,
me faz doce a fadiga.
Mas esta bela fera, tão esquiva,
que o prazer me roubou,
quis-mo pagar seus únicos louvores,
cantando eu num estilo dela indino;
porque, se de louvor tão alto trata,
não sei eu tão baixo verso e prosa
que escreva nem que diga.
Aquela luz que a do Sol claro priva,
e a minha me cegou;
aquele mover de olhos, minhas dores
causando do olhar manso e divino;
o doce rir, que esta alma desbarata,
faz a sua pena desejosa
e de seu mal amiga.
Dos belos olhos veio a flama viva
que n'alma se ateou
com a lenha de vossos disfavores,
queimando dentro o coração mofino,
cujo fim, por mor dano, se dilata
com a esperança falsa e duvidosa
que forçado é que siga.
Minha ou vossa vendo-se cativa
quem Deus livre criou,
se aqueixa desses olhos roubadores,
culpando ao claro raio peregrino;
mas logo a luz suave, que a resgata,
de vossa linda vista graciosa
a faz que se desdiga.
Nenhüa que no mundo humana viva,
que o Criador formou
por milagre maior entre os maiores,
formou um feito de tal Feitor dino;
Deus não quer que sejais, Senhora, ingrata,
mas que ajudeis üa alma desditosa
que em vós servir periga:
a sofrer esta pena rigorosa
vosso valor me obriga.
sábado, 10 de maio de 2008
Florbela Espanca
Poetas
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
terça-feira, 6 de maio de 2008
Concurso da Levi's Be Original!!
Galera que passa por aqui...
Tenho um convite a fazê-los =D
Neste mês estou concorrendo a final do Concurso da Levi's www.levisbeoriginal.com.br
Na categoria TEXTO, está lá a minha querida poesia "Dança mínima", a quem quiser ajudar e participar desta nova conquista da Jovem escritora aqui sinta-se a vontade.
É feito um cadastro no site e é preciso o número do CPF para evitar fraudes no concurso, além disso quem tem trabalhos na área e artes, vídeo, foto e música também podem participar, a equipe da Levi's seleciona os finalistas do mês e o público elege o melhor, o prêmio é de 4 mil reais em roupas Levi's e a divulgação de sua arte em campanhas publicitárias e camisetas da marca!
ENTÃO:
O que? VOTAÇÃO DA FINAL DO MÊS DE MAIO CONCURSO DA LEVI'S.
Categoria? TEXTO.
Quem? ANA CRISTINA PINTO MATIAS.
Projeto? DANÇA MÍNIMA.
http://www.levisbeoriginal.com.br/#finalists
VOTE LÁ!!
Agradeço a todos que estão felizes com mais esta conquista, pois para mim ser escolhida como finalista já é uma grande vitória, e poder compartilhar com as pessoas que eu gosto!!
Grande BEIJO!!
Tenho um convite a fazê-los =D
Neste mês estou concorrendo a final do Concurso da Levi's www.levisbeoriginal.com.br
Na categoria TEXTO, está lá a minha querida poesia "Dança mínima", a quem quiser ajudar e participar desta nova conquista da Jovem escritora aqui sinta-se a vontade.
É feito um cadastro no site e é preciso o número do CPF para evitar fraudes no concurso, além disso quem tem trabalhos na área e artes, vídeo, foto e música também podem participar, a equipe da Levi's seleciona os finalistas do mês e o público elege o melhor, o prêmio é de 4 mil reais em roupas Levi's e a divulgação de sua arte em campanhas publicitárias e camisetas da marca!
ENTÃO:
O que? VOTAÇÃO DA FINAL DO MÊS DE MAIO CONCURSO DA LEVI'S.
Categoria? TEXTO.
Quem? ANA CRISTINA PINTO MATIAS.
Projeto? DANÇA MÍNIMA.
http://www.levisbeoriginal.com.br/#finalists
VOTE LÁ!!
Agradeço a todos que estão felizes com mais esta conquista, pois para mim ser escolhida como finalista já é uma grande vitória, e poder compartilhar com as pessoas que eu gosto!!
Grande BEIJO!!
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